sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Recordar anos 60 70 80 e 90 é viver: Remaker do seriado dos anos 80 Esquadrão Classe A

Recordar anos 60 70 80 e 90 é viver: Remaker do seriado dos anos 80 Esquadrão Classe A

Remaker do seriado dos anos 80 Esquadrão Classe A






Esquadrão Classe A




Dirigido por Joe Carnahan. Com: Liam Neeson, Bradley Cooper, Sharlto Copley, Quinton “Rampage” Jackson, Jessica Biel, Patrick Wilson, Gerald McRaney, Henry Czerny, Brian Bloom.


Baseado na série de tevê que entre 1983 e 1987 se tornou extremamente popular graças principalmente ao jeito durão de Mr. T e ao tema composto por Mike Post e Pete Carpenter, Esquadrão Classe A gira em torno de quatro ex-Boinas Verdes que, acusados de um crime que não cometeram, formam um grupo de mercenários especialistas em lidar com missões complicadíssimas: o ex-coronel e líder da equipe Hannibal Smith (Neeson), o enlouquecido piloto “Mad” Murdock (Copley), o tenente “Cara-de-pau” Peck (Cooper) e o... bom, o durão B.A. (Jackson). Juntos há vários anos (o filme, aliás, mostra como se conheceram), eles são encarregados de recuperar as placas de impressão da moeda norte-americana que se encontram nas mãos do inimigo e, no processo, acabam sendo acusados de roubá-las. Determinados a provar sua inocência.

SOBRE A HISTÓRIA
Esquadrão Classe A foi um dos seriados de televisão mais populares nos anos 1980. Criado por Stephen J. Cannell e Frank Lupo, a série girava em torno das aventuras de uma equipe de quatro veteranos do Vietnã que, sentenciados por um tribunal militar por um crime que não cometeram, vão para o submundo e tornam-se soldados mercenários. Liderados por um coronel que não para de morder um charuto, John “Hannibal” Smith, interpretado originalmente por George Peppard, a equipe agia do lado do bem, enquanto tentava limpar seu nome. O seriado conquistou uma legião de fãs entusiasmados.
“O seriado Esquadrão Classe A ia muito além de apenas uma série de televisão. Era um fenômeno”, diz seu criador Stephen J. Cannell, que também é um dos produtores do filme. “Nunca houve na televisão protagonistas como os que tínhamos em Esquadrão Classe A”. O seriado tinha uma premissa bem simples: quatro sujeitos que são erroneamente condenados por um crime decidem ajudar as pessoas que não conseguem resolver seus problemas sozinhas. A necessidade de combater as injustiças é um grande tema para uma história e o público se identificava com o seriado com bastante fervor. Gerações de crianças cresceram assistindo à série e uma outra geração cresceu assistindo às reprises, gostando da mesma forma”.
O aclamado diretor Joe Carnaham (Narc e A Última Cartada), um dos que cresceram assistindo à série, sabia que ela tinha um clube de fãs e também estava ciente do desafio que teria pela frente ao levar Esquadrão Classe A para o cinema. “Era um terreno afetivo e imaginar novamente um programa de televisão que eu assistia quando criança foi algo difícil de recusar”, diz Carnahan. E completa: “Queríamos ser respeitosos em relação às gerações de fãs que cresceram assistindo ao programa, mas também queríamos trazer o Esquadrão Classe A para o século XXI”.
Apesar de os executivos do estúdio e da indústria concordarem que a premissa do seriado por si só já fornecia uma grande base para um filme de longa-metragem, o projeto rolou por quase uma década, com o roteiro passando por inúmeras versões, pois os roteiristas queriam evitar um visual antiquado.
“Vínhamos tentando obter o roteiro certo há muito tempo”, lembra o produtor e ex-produtor sênior da Twentieth Century Fox, Alex Young. “Se você quer um filme moderno, terá que fazer algo maior e com mais sequências de ação, de forma a competir com os melhores arrasa-quarteirões do momento. Joe Carnahan tem uma sensibilidade muito grande para viabilizar um projeto desse tipo, e sua abordagem do material foi mais realista”.
Quando Carnahan embarcou no projeto, ele e o roteirista Brian Bloom adaptaram a ação para os dias de hoje: na retirada das tropas do exército americano do Oriente Médio. Eles mantiveram o sentimento de camaradagem e o humor que eram o coração do seriado, mas ampliaram a ação, o drama, a aventura e a intensidade. Carnahan diz: “O objetivo era fazer um filme de ação atraente, inventivo, real e o mais acessível possível. Não teria sentido fazer um filme de ação e aventura se não enfatizássemos a ação”.
Carnahan e Bloom achavam que o material que tinham em mãos precisava refletir os tempos atuais e deveria sensibilizar o público moderno. “A intenção não era abandonar o programa de televisão e os personagens que todos amavam tanto, mas evoluir e tornar a história mais contemporânea”, ressalta Bloom.
“As pessoas estão muito mais espertas do que há 25 anos, quando o programa estreou”, acrescenta Carnahan. “Se tentássemos lançar o seriado atualmente, as coisas que eles faziam não iam ‘colar’ hoje em dia. Naquela época, o aspecto extravagante do programa agradava muito aos espectadores, mas o público atual é muito mais sofisticado. Então, para trazer essa história para o momento em que vivemos, o tom e a abordagem tinham de mudar para refletir as sensibilidades contemporâneas”.
Enquanto tentavam trazer para os dias atuais o material e intensificar o drama, os realizadores concordaram que, para que a transição do Esquadrão para o cinema funcionasse, a camaradagem que era a alma do seriado também teria de ser um componente-chave deste filme. Carnahan comenta: “O que eu sempre gostei no programa, mais do que das situações, era da camaradagem e afetuosidade que aqueles sujeitos tinham entre eles. Não eram as histórias malucas ou as reviravoltas na trama os motivos para o sucesso do programa, mas o fato de que conseguíamos acreditar que aqueles sujeitos realmente gostavam uns dos outros e que realmente cuidavam uns dos outros”.
“A gente descobria que eles precisavam desesperadamente uns dos outros para sobreviver, não apenas emocional, mas técnica e taticamente”, enfatiza Bloom. “Eles formavam definitivamente uma equipe”.
“As pessoas realmente amavam aqueles personagens”, diz a produtora Jules Daly. “Logicamente que eles eram carismáticos e engraçados, mas também havia um grande sentimento de afetuosidade e conexão entre aqueles quatro homens, o que tinha grande apelo junto ao público. Todos sabíamos que a parte mais difícil de acertar, durante as filmagens, seria a química entre os quatro protagonistas”.
À medida que o projeto ganhava corpo e o roteiro se ajustava, os realizadores voltaram suas atenções para a escolha do elenco. “Discutimos muito sobre como escolheríamos o elenco”, lembra Alex Young. “E foi muito arriscado, porque, quando começamos a pensar nisso, descobrimos que havia inúmeras possibilidades; a gente olhava para todo ator com uma certa idade e argumentava que ele poderia estar no filme. A única coisa que queríamos era que os quatro [atores que interpretassem o Esquadrão] tivessem um frescor. Não queríamos escolher os atores já esperados e aí rodeá-los de uma porção de atores coadjuvantes”.
Enquanto pensavam nas possibilidades para o papel crucial do coronel John “Hannibal” Smith, os realizadores sabiam que era importante encontrar um ator que exalasse poder, confiança e autoridade – e também que tivesse um senso de humor afiado. Como chefe do Esquadrão Classe A, Hannibal é um mestre em desenvolver táticas e que sempre está um passo à frente de seus inimigos. Ele mantém sua equipe longe dos perigos, porém seus métodos pouco ortodoxos raramente conduzem a uma conclusão previsível. Independentemente do esquema, ele adora quando um de seus planos dá certo.
Indicado ao Oscar, o ator Liam Neeson é mais conhecido pelos papéis dramáticos que já interpretou, personagens com grande presença física e humanidade, porém foi sua aclamada atuação no filme de ação Busca Implacável que fez com que os realizadores enxergassem nele o personagem Hannibal. Jules Daly explica: “Liam é sexy, está em forma, é forte e leva seriedade para o papel. Acho que, quando ele aceitou ou papel, acabou definindo o tom do projeto”.
“Independentemente do papel, Liam mostra Cara-de-Pautas diferentes dele próprio e dos personagens que interpreta, e faz isso de forma íntegra, passional e sincera”, descreve Carnahan. “Liam leva a combinação certa de inteligência e força ao personagem. É fácil acreditar que este homem ama o personagem, confia nele e o respeita”.
Ao descrever o que mais o atraiu ao papel de Hannibal Smith, Neeson declara: “Eu me comovi com o relacionamento entre aqueles quatro caras que Joe [Carnahan] e Brian [Bloom] conseguiram manter como o núcleo da história. Logicamente, a história e os personagens foram elaborados meticulosamente, e o roteiro inspirava uma grande camaradagem entre eles. Hannibal é um herói crível. Ele tem moral, um senso de ética muito forte e adora seu país e sua equipe”.
Neeson foi agraciado com a oportunidade de interpretar o tático principal, mas lutou contra o fato de que teria de incorporar a marca registrada de seu personagem. “Sendo um ex-fumante, foi muito difícil para mim por causa do charuto”, admite o ator. “Mas eu entendi por que os roteiristas queriam manter o conceito; o charuto dá um ar de felicidade a Hannibal quando um plano dele está indo conforme o previsto. Quando ele acende o fósforo, enfatiza um certo ar de dever cumprido, e eu entendo que havia determinadas cenas em que eu tinha de dar umas baforadas, mas logicamente não queremos que as crianças repitam isso em casa”.
O tenente Templeton “Cara-de-Pau” Peck é o vigarista do Esquadrão e o cara a quem todos recorrem quando precisam ter as coisas feitas. Ele se vale de sua beleza e seu charme para fazer esquemas e conseguir o que quer, e para aproveitar as benesses da vida. Cara-de-Pau consegue convencer todo mundo – especialmente as mulheres – a fazer (ou deixar de fazer) as coisas que ele quer. Para levar o papel de Cara-de-Pau para o cinema, os realizadores convidaram Bradley Cooper, cujo papel na comédia de sucesso Se Beber, não Case firmou sua reputação como um dos maiores talentos de usa geração. “Quando Bradley mostrou interesse em interpretar Cara-de-Pau, não vi por que continuar procurando outros atores para o papel”, lembra Carnahan. “Sabe quando nos damos bem logo de cara com uma pessoa e pensamos que vai ser um amigo de longa data? Foi isso que senti com Cooper, imediatamente. Muitos atores falam muito, mas não têm a atuação desejada. Bradley se dedica cem por cento do tempo. Ele é um cara maravilhoso, com um senso de humor incrível e dá uma nova dimensão ao papel”.
“Além de ser incrivelmente inteligente, sedutor e bonito, o personagem Cara-de-Pau precisava de charme e carisma, qualidades que Bradley tem de sobra”, confirma Daly. “Trata-se de um ator com muito apelo com o público, e tem o visual do personagem, então fica muito verossímil quando começa a atuar. O papel caiu como uma luva para ele”.
Não foi difícil para Bradley aceitar o papel. “Sempre foi um sonho meu fazer um filme de ação”, lembra o ator. “Adoro esportes e amo fingir que estou lutando. E fazer parte de uma adaptação de um programa de TV tão icônico, que cresci assistindo, e ainda por cima ao lado de Liam Neeson, é incrível”.
Cooper gostou especialmente do fato de o papel lhe dar a oportunidade de fazer algumas cenas de ação que lhe exigiam fisicamente. Para garantir que estava pronto para cumprir essa tarefa, adotou uma dieta rigorosa e uma rotina de treinamento intensa, que incluía uma escalada de mais de 850 metros na montanha Grouse, em Vancouver.
Ele conta: “Eu me mantenho sempre em forma, mas tive de malhar mais para este filme. Cenas de ação são complicadas e tomam uma energia imensa. Temos de prestar atenção em um monte de coisas: a posição do corpo, como você se mexe ao lutar, e como manejar um revólver. Cara-de-Pau é um soldado; ele não se importa em lutar pesado, então eu tinha que me preparar para as cenas físicas”.
O contraponto a Cara-de-Pau é o descolado H.M. Murdock, um dos melhores pilotos de helicóptero do mundo. Se alguma coisa tem rotor, ele consegue pilotar. Ele tem um QI altíssimo e sabe tudo sobre tudo; consegue se passar por um cirurgião ou por um príncipe, se necessário – e acreditamos nele. Os relatórios sobre o comportamento de Murdock dizem que ele é instável mentalmente, e, por vezes, consegue convencer a todos disso. Ele não foge do perigo; em vez disso, vai diretamente resolver o problema.
A produtora Jules Daly conheceu o trabalho de Sharlto Copley quando viu um dos primeiros cortes do filme Distrito 9. “Adorei o que Sharlto fez com o personagem de Wikus; ele tem uma rapidez que era perfeita para o papel de Murdock”, lembra Daly. Os realizadores pediram a Copley, que estava em viagem promovendo Distrito 9, que fizesse um vídeo sobre como ele pensava agir Murdock e depois mandasse para eles. O resto, bem, é História.
A ideia de interpretar um dos seus heróis de infância no cinema agradou a Copley. Ele conta: “O Esquadrão Classe A era meu programa de televisão preferido quando criança e Murdock era meu personagem preferido. Então interpretá-lo seria a realização de um sonho”.
Mestre em improvisação, Copley abraçou a atmosfera criativa no set de filmagens, desenvolvendo trejeitos cômicos e desenvolvendo o personagem a partir do roteiro. “O que mais me deixou animado foi o elemento do perigo atrelado ao personagem Murdock; o perigo combinado com o humor”, explica Copley. “Você nunca sabe se ele é realmente louco ou se está apenas fingindo. É um personagem bem excêntrico, a gente se diverte muito com ele. Ele é único”.
Foi ideia de Copley dar um sotaque sulista ao personagem. “Sharlto definitivamente tem um sotaque da África do Sul, mas não há nenhum traço disso neste filme”, diz Carnahan. “Ele faz um som anasalado típico do Texas que é incrível. Ficamos extasiados com a quantidade de coisas que ele consegue fazer. Toda a atitude e postura dele foi para construir um Murdock meio louquinho, já que o próprio Sharlto é um pouco louco também. Acho que as pessoas vão adorar o que ele fez com o papel”.
Completando o quarteto está B.A. Baracus, um extraordinariamente habilidoso motorista e mecânico que consegue criar máquinas incríveis a partir de peças comuns. Ele também é um soldado muito durão, que “comparece” quando começa o combate corpo a corpo. Tem pavio curto, então é melhor não contrariá-lo. Ele não tem medo de nada nem de ninguém – a não ser medo de avião.
O papel de B.A. Baracus foi o mais difícil para escalar porque, de todos os personagens originais da televisão, era ele o que tinha as características mais marcantes e presentes na lembrança. Alex Young diz: “Quando estávamos desenvolvendo e escolhendo o elenco para o filme, a primeira pergunta que todos fizeram foi, ‘Quem vai ficar com o papel do B.A. no filme?’ Era um papel marcante, e já não temos muitos papéis marcantes assim hoje em dia, e todos queriam fazer esse personagem”.
Os realizadores estavam atrás de alguém que não tivesse medo de fazer o papel de B.A. à sua maneira. Depois de uma busca intensa, escolheram o ex-lutador campeão de peso leve da UFC Quinton “Rampage” Jackson. Carnahan lembra: “Trouxemos Rampage de Vancouver para fazer um teste com as câmeras e ele foi ótimo, e ficou com o papel. Ele era inacreditavelmente bom na cena que leu: há um momento no filme em que B.A. faz um juramento e Rampage atuou de forma impecável, ficamos extasiados”.
Jackson observa que algumas de suas melhores memórias da época em que estava crescendo vieram do programa de televisão original, que ele assistia com o pai. “Era uma tradição minha e do meu pai assistir a Esquadrão Classe A quando eu era criança, era muito legal; a gente tentava construir umas coisas loucas, em frente à TV, imitando o personagem do filme”.
Desde o início, a química e a camaradagem entre os quatro atores eram muito fortes, em cena e nos bastidores. Jules Daly comenta: “Os caras se deram muito bem; eles realmente se completavam. Formaram sem dúvida uma equipe. E isso, para nós, era o ponto mais crítico em todo o trabalho. Sabíamos que, se a química desse certo, teríamos um filme maravilhoso”.
“Acho que os atores escolhidos foram perfeitos”, diz Cannell. “Acho que não conseguiríamos ter feito melhor. Liam, Bradley, Sharlto e Rampage captaram a essência do que as pessoas mais amavam nos personagens originais, e, ao mesmo tempo, deram uma roupagem completamente diferente”.
Ao lado de Neeson, Cooper, Copley e Jackson, no elenco estão também Jessica Biel e Patrick Wilson. Biel interpreta Charissa Sosa, uma capitã da unidade de Serviço de Investigação Criminal. Extremamente eficiente, independente e focada, Sosa – que tem um histórico amoroso complicado com Cara-de-Pau – torna-se a maior ameaça ao Esquadrão, já que fica no encalço deles. “Sosa é um componente importante para a dinâmica da história e precisávamos de alguém que pudesse fazer jus ao papel”, diz Carnahan. “Jessica é afiada, astuta, intuitiva e notadamente engraçada, sexy e inteligente – todas as qualidades que eu pensava que a personagem Sosa deveria ter. Sabia que Jessica não teria nenhum problema no meio daqueles caras”.
Biel diz que ficou imediatamente atraída pelo papel. “Joe tinha em mente que Sosa não seria um elemento feminino carregado de testosterona na história, e ela de fato não é. Às vezes, é difícil equilibrar a feminilidade e a força em um papel como esse, mas a personagem é descolada e inteligente, e tão habilidosa que poderia ser uma integrante do Esquadrão Classe A, mas também está completamente à vontade com quem ela é e, sendo assim, não tem medo de mostrar seu lado feminino”.
Patrick Wilson dá vida a um agente da CIA, Lynch, um papel-chave na missão mais explosiva do esquadrão. “Sabemos pouco sobre o Lynch”, diz Wilson sobre seu personagem. “Ele é um cara do bem? É confiável? É um vilão? Eu costumo interpretar os personagens mais sinceros, então foi divertido para mim dar vida a alguém que é um pouco misterioso. A gente vai descascando camada a camada e, no final, vemos o que o personagem se tornou”.



SOBRE A HISTÓRIA
Esquadrão Classe A foi um dos seriados de televisão mais populares nos anos 1980. Criado por Stephen J. Cannell e Frank Lupo, a série girava em torno das aventuras de uma equipe de quatro veteranos do Vietnã que, sentenciados por um tribunal militar por um crime que não cometeram, vão para o submundo e tornam-se soldados mercenários. Liderados por um coronel que não para de morder um charuto, John “Hannibal” Smith, interpretado originalmente por George Peppard, a equipe agia do lado do bem, enquanto tentava limpar seu nome. O seriado conquistou uma legião de fãs entusiasmados.
“O seriado Esquadrão Classe A ia muito além de apenas uma série de televisão. Era um fenômeno”, diz seu criador Stephen J. Cannell, que também é um dos produtores do filme. “Nunca houve na televisão protagonistas como os que tínhamos em Esquadrão Classe A”. O seriado tinha uma premissa bem simples: quatro sujeitos que são erroneamente condenados por um crime decidem ajudar as pessoas que não conseguem resolver seus problemas sozinhas. A necessidade de combater as injustiças é um grande tema para uma história e o público se identificava com o seriado com bastante fervor. Gerações de crianças cresceram assistindo à série e uma outra geração cresceu assistindo às reprises, gostando da mesma forma”.
O aclamado diretor Joe Carnaham (Narc e A Última Cartada), um dos que cresceram assistindo à série, sabia que ela tinha um clube de fãs e também estava ciente do desafio que teria pela frente ao levar Esquadrão Classe A para o cinema. “Era um terreno afetivo e imaginar novamente um programa de televisão que eu assistia quando criança foi algo difícil de recusar”, diz Carnahan. E completa: “Queríamos ser respeitosos em relação às gerações de fãs que cresceram assistindo ao programa, mas também queríamos trazer o Esquadrão Classe A para o século XXI”.
Apesar de os executivos do estúdio e da indústria concordarem que a premissa do seriado por si só já fornecia uma grande base para um filme de longa-metragem, o projeto rolou por quase uma década, com o roteiro passando por inúmeras versões, pois os roteiristas queriam evitar um visual antiquado.
“Vínhamos tentando obter o roteiro certo há muito tempo”, lembra o produtor e ex-produtor sênior da Twentieth Century Fox, Alex Young. “Se você quer um filme moderno, terá que fazer algo maior e com mais sequências de ação, de forma a competir com os melhores arrasa-quarteirões do momento. Joe Carnahan tem uma sensibilidade muito grande para viabilizar um projeto desse tipo, e sua abordagem do material foi mais realista”.
Quando Carnahan embarcou no projeto, ele e o roteirista Brian Bloom adaptaram a ação para os dias de hoje: na retirada das tropas do exército americano do Oriente Médio. Eles mantiveram o sentimento de camaradagem e o humor que eram o coração do seriado, mas ampliaram a ação, o drama, a aventura e a intensidade. Carnahan diz: “O objetivo era fazer um filme de ação atraente, inventivo, real e o mais acessível possível. Não teria sentido fazer um filme de ação e aventura se não enfatizássemos a ação”.
Carnahan e Bloom achavam que o material que tinham em mãos precisava refletir os tempos atuais e deveria sensibilizar o público moderno. “A intenção não era abandonar o programa de televisão e os personagens que todos amavam tanto, mas evoluir e tornar a história mais contemporânea”, ressalta Bloom.
“As pessoas estão muito mais espertas do que há 25 anos, quando o programa estreou”, acrescenta Carnahan. “Se tentássemos lançar o seriado atualmente, as coisas que eles faziam não iam ‘colar’ hoje em dia. Naquela época, o aspecto extravagante do programa agradava muito aos espectadores, mas o público atual é muito mais sofisticado. Então, para trazer essa história para o momento em que vivemos, o tom e a abordagem tinham de mudar para refletir as sensibilidades contemporâneas”.
Enquanto tentavam trazer para os dias atuais o material e intensificar o drama, os realizadores concordaram que, para que a transição do Esquadrão para o cinema funcionasse, a camaradagem que era a alma do seriado também teria de ser um componente-chave deste filme. Carnahan comenta: “O que eu sempre gostei no programa, mais do que das situações, era da camaradagem e afetuosidade que aqueles sujeitos tinham entre eles. Não eram as histórias malucas ou as reviravoltas na trama os motivos para o sucesso do programa, mas o fato de que conseguíamos acreditar que aqueles sujeitos realmente gostavam uns dos outros e que realmente cuidavam uns dos outros”.
“A gente descobria que eles precisavam desesperadamente uns dos outros para sobreviver, não apenas emocional, mas técnica e taticamente”, enfatiza Bloom. “Eles formavam definitivamente uma equipe”.
“As pessoas realmente amavam aqueles personagens”, diz a produtora Jules Daly. “Logicamente que eles eram carismáticos e engraçados, mas também havia um grande sentimento de afetuosidade e conexão entre aqueles quatro homens, o que tinha grande apelo junto ao público. Todos sabíamos que a parte mais difícil de acertar, durante as filmagens, seria a química entre os quatro protagonistas”.
À medida que o projeto ganhava corpo e o roteiro se ajustava, os realizadores voltaram suas atenções para a escolha do elenco. “Discutimos muito sobre como escolheríamos o elenco”, lembra Alex Young. “E foi muito arriscado, porque, quando começamos a pensar nisso, descobrimos que havia inúmeras possibilidades; a gente olhava para todo ator com uma certa idade e argumentava que ele poderia estar no filme. A única coisa que queríamos era que os quatro [atores que interpretassem o Esquadrão] tivessem um frescor. Não queríamos escolher os atores já esperados e aí rodeá-los de uma porção de atores coadjuvantes”.
Enquanto pensavam nas possibilidades para o papel crucial do coronel John “Hannibal” Smith, os realizadores sabiam que era importante encontrar um ator que exalasse poder, confiança e autoridade – e também que tivesse um senso de humor afiado. Como chefe do Esquadrão Classe A, Hannibal é um mestre em desenvolver táticas e que sempre está um passo à frente de seus inimigos. Ele mantém sua equipe longe dos perigos, porém seus métodos pouco ortodoxos raramente conduzem a uma conclusão previsível. Independentemente do esquema, ele adora quando um de seus planos dá certo.
Indicado ao Oscar, o ator Liam Neeson é mais conhecido pelos papéis dramáticos que já interpretou, personagens com grande presença física e humanidade, porém foi sua aclamada atuação no filme de ação Busca Implacável que fez com que os realizadores enxergassem nele o personagem Hannibal. Jules Daly explica: “Liam é sexy, está em forma, é forte e leva seriedade para o papel. Acho que, quando ele aceitou ou papel, acabou definindo o tom do projeto”.
“Independentemente do papel, Liam mostra Cara-de-Pautas diferentes dele próprio e dos personagens que interpreta, e faz isso de forma íntegra, passional e sincera”, descreve Carnahan. “Liam leva a combinação certa de inteligência e força ao personagem. É fácil acreditar que este homem ama o personagem, confia nele e o respeita”.
Ao descrever o que mais o atraiu ao papel de Hannibal Smith, Neeson declara: “Eu me comovi com o relacionamento entre aqueles quatro caras que Joe [Carnahan] e Brian [Bloom] conseguiram manter como o núcleo da história. Logicamente, a história e os personagens foram elaborados meticulosamente, e o roteiro inspirava uma grande camaradagem entre eles. Hannibal é um herói crível. Ele tem moral, um senso de ética muito forte e adora seu país e sua equipe”.
Neeson foi agraciado com a oportunidade de interpretar o tático principal, mas lutou contra o fato de que teria de incorporar a marca registrada de seu personagem. “Sendo um ex-fumante, foi muito difícil para mim por causa do charuto”, admite o ator. “Mas eu entendi por que os roteiristas queriam manter o conceito; o charuto dá um ar de felicidade a Hannibal quando um plano dele está indo conforme o previsto. Quando ele acende o fósforo, enfatiza um certo ar de dever cumprido, e eu entendo que havia determinadas cenas em que eu tinha de dar umas baforadas, mas logicamente não queremos que as crianças repitam isso em casa”.
O tenente Templeton “Cara-de-Pau” Peck é o vigarista do Esquadrão e o cara a quem todos recorrem quando precisam ter as coisas feitas. Ele se vale de sua beleza e seu charme para fazer esquemas e conseguir o que quer, e para aproveitar as benesses da vida. Cara-de-Pau consegue convencer todo mundo – especialmente as mulheres – a fazer (ou deixar de fazer) as coisas que ele quer. Para levar o papel de Cara-de-Pau para o cinema, os realizadores convidaram Bradley Cooper, cujo papel na comédia de sucesso Se Beber, não Case firmou sua reputação como um dos maiores talentos de usa geração. “Quando Bradley mostrou interesse em interpretar Cara-de-Pau, não vi por que continuar procurando outros atores para o papel”, lembra Carnahan. “Sabe quando nos damos bem logo de cara com uma pessoa e pensamos que vai ser um amigo de longa data? Foi isso que senti com Cooper, imediatamente. Muitos atores falam muito, mas não têm a atuação desejada. Bradley se dedica cem por cento do tempo. Ele é um cara maravilhoso, com um senso de humor incrível e dá uma nova dimensão ao papel”.
“Além de ser incrivelmente inteligente, sedutor e bonito, o personagem Cara-de-Pau precisava de charme e carisma, qualidades que Bradley tem de sobra”, confirma Daly. “Trata-se de um ator com muito apelo com o público, e tem o visual do personagem, então fica muito verossímil quando começa a atuar. O papel caiu como uma luva para ele”.
Não foi difícil para Bradley aceitar o papel. “Sempre foi um sonho meu fazer um filme de ação”, lembra o ator. “Adoro esportes e amo fingir que estou lutando. E fazer parte de uma adaptação de um programa de TV tão icônico, que cresci assistindo, e ainda por cima ao lado de Liam Neeson, é incrível”.
Cooper gostou especialmente do fato de o papel lhe dar a oportunidade de fazer algumas cenas de ação que lhe exigiam fisicamente. Para garantir que estava pronto para cumprir essa tarefa, adotou uma dieta rigorosa e uma rotina de treinamento intensa, que incluía uma escalada de mais de 850 metros na montanha Grouse, em Vancouver.
Ele conta: “Eu me mantenho sempre em forma, mas tive de malhar mais para este filme. Cenas de ação são complicadas e tomam uma energia imensa. Temos de prestar atenção em um monte de coisas: a posição do corpo, como você se mexe ao lutar, e como manejar um revólver. Cara-de-Pau é um soldado; ele não se importa em lutar pesado, então eu tinha que me preparar para as cenas físicas”.
O contraponto a Cara-de-Pau é o descolado H.M. Murdock, um dos melhores pilotos de helicóptero do mundo. Se alguma coisa tem rotor, ele consegue pilotar. Ele tem um QI altíssimo e sabe tudo sobre tudo; consegue se passar por um cirurgião ou por um príncipe, se necessário – e acreditamos nele. Os relatórios sobre o comportamento de Murdock dizem que ele é instável mentalmente, e, por vezes, consegue convencer a todos disso. Ele não foge do perigo; em vez disso, vai diretamente resolver o problema.
A produtora Jules Daly conheceu o trabalho de Sharlto Copley quando viu um dos primeiros cortes do filme Distrito 9. “Adorei o que Sharlto fez com o personagem de Wikus; ele tem uma rapidez que era perfeita para o papel de Murdock”, lembra Daly. Os realizadores pediram a Copley, que estava em viagem promovendo Distrito 9, que fizesse um vídeo sobre como ele pensava agir Murdock e depois mandasse para eles. O resto, bem, é História.
A ideia de interpretar um dos seus heróis de infância no cinema agradou a Copley. Ele conta: “O Esquadrão Classe A era meu programa de televisão preferido quando criança e Murdock era meu personagem preferido. Então interpretá-lo seria a realização de um sonho”.
Mestre em improvisação, Copley abraçou a atmosfera criativa no set de filmagens, desenvolvendo trejeitos cômicos e desenvolvendo o personagem a partir do roteiro. “O que mais me deixou animado foi o elemento do perigo atrelado ao personagem Murdock; o perigo combinado com o humor”, explica Copley. “Você nunca sabe se ele é realmente louco ou se está apenas fingindo. É um personagem bem excêntrico, a gente se diverte muito com ele. Ele é único”.
Foi ideia de Copley dar um sotaque sulista ao personagem. “Sharlto definitivamente tem um sotaque da África do Sul, mas não há nenhum traço disso neste filme”, diz Carnahan. “Ele faz um som anasalado típico do Texas que é incrível. Ficamos extasiados com a quantidade de coisas que ele consegue fazer. Toda a atitude e postura dele foi para construir um Murdock meio louquinho, já que o próprio Sharlto é um pouco louco também. Acho que as pessoas vão adorar o que ele fez com o papel”.
Completando o quarteto está B.A. Baracus, um extraordinariamente habilidoso motorista e mecânico que consegue criar máquinas incríveis a partir de peças comuns. Ele também é um soldado muito durão, que “comparece” quando começa o combate corpo a corpo. Tem pavio curto, então é melhor não contrariá-lo. Ele não tem medo de nada nem de ninguém – a não ser medo de avião.
O papel de B.A. Baracus foi o mais difícil para escalar porque, de todos os personagens originais da televisão, era ele o que tinha as características mais marcantes e presentes na lembrança. Alex Young diz: “Quando estávamos desenvolvendo e escolhendo o elenco para o filme, a primeira pergunta que todos fizeram foi, ‘Quem vai ficar com o papel do B.A. no filme?’ Era um papel marcante, e já não temos muitos papéis marcantes assim hoje em dia, e todos queriam fazer esse personagem”.
Os realizadores estavam atrás de alguém que não tivesse medo de fazer o papel de B.A. à sua maneira. Depois de uma busca intensa, escolheram o ex-lutador campeão de peso leve da UFC Quinton “Rampage” Jackson. Carnahan lembra: “Trouxemos Rampage de Vancouver para fazer um teste com as câmeras e ele foi ótimo, e ficou com o papel. Ele era inacreditavelmente bom na cena que leu: há um momento no filme em que B.A. faz um juramento e Rampage atuou de forma impecável, ficamos extasiados”.
Jackson observa que algumas de suas melhores memórias da época em que estava crescendo vieram do programa de televisão original, que ele assistia com o pai. “Era uma tradição minha e do meu pai assistir a Esquadrão Classe A quando eu era criança, era muito legal; a gente tentava construir umas coisas loucas, em frente à TV, imitando o personagem do filme”.
Desde o início, a química e a camaradagem entre os quatro atores eram muito fortes, em cena e nos bastidores. Jules Daly comenta: “Os caras se deram muito bem; eles realmente se completavam. Formaram sem dúvida uma equipe. E isso, para nós, era o ponto mais crítico em todo o trabalho. Sabíamos que, se a química desse certo, teríamos um filme maravilhoso”.
“Acho que os atores escolhidos foram perfeitos”, diz Cannell. “Acho que não conseguiríamos ter feito melhor. Liam, Bradley, Sharlto e Rampage captaram a essência do que as pessoas mais amavam nos personagens originais, e, ao mesmo tempo, deram uma roupagem completamente diferente”.
Ao lado de Neeson, Cooper, Copley e Jackson, no elenco estão também Jessica Biel e Patrick Wilson. Biel interpreta Charissa Sosa, uma capitã da unidade de Serviço de Investigação Criminal. Extremamente eficiente, independente e focada, Sosa – que tem um histórico amoroso complicado com Cara-de-Pau – torna-se a maior ameaça ao Esquadrão, já que fica no encalço deles. “Sosa é um componente importante para a dinâmica da história e precisávamos de alguém que pudesse fazer jus ao papel”, diz Carnahan. “Jessica é afiada, astuta, intuitiva e notadamente engraçada, sexy e inteligente – todas as qualidades que eu pensava que a personagem Sosa deveria ter. Sabia que Jessica não teria nenhum problema no meio daqueles caras”.
Biel diz que ficou imediatamente atraída pelo papel. “Joe tinha em mente que Sosa não seria um elemento feminino carregado de testosterona na história, e ela de fato não é. Às vezes, é difícil equilibrar a feminilidade e a força em um papel como esse, mas a personagem é descolada e inteligente, e tão habilidosa que poderia ser uma integrante do Esquadrão Classe A, mas também está completamente à vontade com quem ela é e, sendo assim, não tem medo de mostrar seu lado feminino”.
Patrick Wilson dá vida a um agente da CIA, Lynch, um papel-chave na missão mais explosiva do esquadrão. “Sabemos pouco sobre o Lynch”, diz Wilson sobre seu personagem. “Ele é um cara do bem? É confiável? É um vilão? Eu costumo interpretar os personagens mais sinceros, então foi divertido para mim dar vida a alguém que é um pouco misterioso.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Recordar anos 60 70 80 e 90 é viver: 21 anos sem raul Seixas

Recordar anos 60 70 80 e 90 é viver: 21 anos sem Raul Seixas

21 anos sem Raul Seixas

Se na semana passada o mundo inteiro lembrou da morte do Rei do Rock Elvis Presley, amanhã é dia de lembrar a data em que perdemos o maior nome da história do rock nacional: Raul Seixas. Há 21 anos o Maluco Beleza ia para o lado de lá por um ataque cardiáco, as vésperas de lançar o disco (que virou tributo) Panela do Diabo. Pra não deixar passar batido esse acontecimento marcante no Brasil, Joinville e Blumenau organizam seus tributos ao baiano, que deixou uma imensidão de hits para serem pedidos pelo clássico: Toca Raul!





Raul Seixas



Raul Seixas

Nome completo Raul Santos Seixas
Apelido Raulzito, Maluco Beleza
Data de nascimento 28 de junho de 1945
Origem Salvador, Bahia
País Brasil
Data de morte 21 de agosto de 1989 (44 anos)
São Paulo, Brasil
Gêneros Rock and Roll, Rockabilly, Blues, Blues Rock, MPB, Rock Psicodélico
Instrumentos Vocal, guitarra e violão
Modelos de instrumentos Gibson ES-335 (1973 - 1977)
Guild (1977 - 1989)
Período em atividade 1963 - 1989
Gravadora(s) Odeon
CBS Discos
Philips/Phonogram
Warner Music
Eldorado
Som Livre
Copacabana
Afiliações Paulo Coelho
Marcelo Nova
Camisa de Vênus
Página oficial www.raulseixas.org/
Raul Santos Seixas (Salvador, 28 de junho de 1945 — São Paulo, 21 de agosto de 1989) foi um cantor, compositor, produtor e músico brasileiro.

Filho do engenheiro Raul Varella Seixas e da dona de casa Maria Eugênia Santos Seixas, Raul nasceu e cresceu na cidade de Salvador. Tinha um irmão, quatro anos mais novo, Plínio Seixas. Em casa, mergulhava nos livros que tinha à disposição, na biblioteca do pai
Seu gosto musical foi se moldando: primeiro, no rádio, acompanha o sucesso de Luiz Gonzaga, e nas viagens, onde acompanha o pai, ouve os matutos desfiarem repentes - e esta "raiz" nordestina nunca o abandonara. Porém, logo Raulzito (como era chamado em família) conheceu um estilo que influenciou muito sua vida: o Rock'n Roll. Teve contato com o Rock através do consulado norte-americano, que ficava próximo de sua casa. A partir daí, foram muitas horas diárias na loja "Cantinho da Música", ouvindo discos de rock e várias sessões nos cinemas, onde passou a apreciar as performances de Elvis Presley, de quem torna-se fã. Tão fã que assistiu vinte e oito vezes ao filme "O Prisioneiro do Rock" e chegou a fundar o "Elvis Presley Fã-Clube de Salvador".[1] Sempre gostou também de clássicos do rock dos anos 50 e 60.

Juntamente com alguns amigos de Salvador, monta um conjunto, "Os Relâmpagos do Rock"[2], a primeira banda de Salvador a utilizar instrumentos elétricos.[carece de fontes?] Mais tarde, a banda muda de nome, passa a se chamar "The Panters"[2], e por último "Raulzito e os Panteras". Fazem shows pelo estado em bailes e festinhas e até mesmo para um público de duas mil pessoas no Festival da Juventude. Mas o sucesso da banda não ultrapassava o eixo baiano, fato que aborrecia Raul.[carece de fontes?] A decepção com o mundo artístico foi reforçada pelo namoro com a americana Edith Wisner. A pedidos do pai da garota - que era pastor protestante - Raul abandona a carreira musical.[3] Algum tempo depois casa-se com Edith e passa a lecionar inglês e violão para ganhar a vida.

Em 1967, Jerry Adriani vai a Salvador realizar um show no Iate Club da Bahia, mas alguns de seus músicos foram barrados por serem negros. A título de urgência Os Panteras foram indicados para suprir a falta. Raul Seixas impressiona Jerry que o convida para acompanhá-lo numa turnê pelo Rio de Janeiro pedido este que Raul Seixas aceita de imediato. E lá ele grava um disco pela gravadora Odeon. Todavia, o disco não emplacou. O guitarrista Mariano Lanat deixa a banda e retorna a Salvador. Plínio Seixas, irmão de Raul, o substituiu, mas a banda estava mesmo com os dias contados no Rio e logo todos estavam desapontados de volta a Salvador.

Fase difícil na vida de Raul, que passava horas trancado no quarto lendo e escrevendo. Edith dava aulas de inglês para o sustento do casal.

Em 1970 Raul foi convidado por Evandro Ribeiro para ser produtor da CBS (atual Sony BMG), voltando então a morar no Rio de Janeiro com Edith. Na CBS participa da produção de diversos artistas da Jovem Guarda, como o amigo Jerry Adriani, Leno e Lilian e mais tarde Sérgio Sampaio, Diana, entre outros. Também compõe sessenta canções para a Jovem Guarda e Pós-Jovem Guarda.[4]. Uma das músicas que fizeram mais sucesso nesta fase, foram Ainda Queima a Esperança na voz de Diana, e Doce Doce Amor na voz de Jerry Adriani[4].

Em 1971, Raul acaba se rebelando. Aproveitando a ausência do presidente da empresa, grava seu segundo LP (intitulado Sociedade da Grã-Ordem Kavernista Apresenta Sessão das 10), em que faz parceria com Sérgio Sampaio, Miriam Batucada e Edy Star. O disco, todavia, foi retirado do mercado sob o argumento de não se enquadrar à linha de atuação da gravadora. Raul permaneceu ainda algum tempo na CBS após isso, mas insatisfeito por não estar cantando, pediu demissão.

Em 1972, participou do VII FIC (Festival Internacional da Canção), promovido pela Rede Globo, e conseguiu a classificação de duas músicas, "Let Me Sing, Let Me Sing" (um misto de baião e rockabilly)[5] e "Eu Sou Eu Nicuri é o Diabo". Devido à façanha, assinou com a gravadora Philips (atual Universal Music) para gravar o álbum Os 24 Maiores Sucessos da Era do Rock, que não tinha o seu nome na capa.

Auge e queda
No início dos anos 1970, Raul se interessou por um artigo sobre extraterrestres publicado na revista A Pomba e teve o seu primeiro contato com o escritor Paulo Coelho, que mais tarde, se tornaria seu parceiro musical.[3]

No ano de 1973, Raul conseguiu um grande sucesso com a música "Ouro de Tolo" no álbum Krig-Ha, Bandolo, uma música com letra quase autobiográfica, mas que debocha da Ditadura e do "Milagre Econômico".

O mesmo LP também continha outras músicas que se tornaram grandes sucessos, como: "Metamorfose Ambulante, "Mosca na Sopa" e Al Capone.

Raul Seixas finalmente alcançou grande repercussão nacional como uma grande promessa de um novo compositor e cantor.[carece de fontes?] Porém, logo a imprensa e os fãs da época foram aos poucos percebendo que Raul não era apenas um cantor e compositor.

No ano de 1974, Raul Seixas e Paulo Coelho criam a Sociedade Alternativa, uma sociedade baseada nos preceitos do bruxo inglês Aleister Crowley, onde a principal lei é "Faze o que tu queres, há de ser tudo da Lei". Em todos os seus shows, Raul divulgava a Sociedade Alternativa com a música de mesmo nome. A Ditadura, então, através do DOPS (Departamento de Ordem Política e Social) prendeu Raul e Paulo, pensando que a Sociedade Alternativa fosse um movimento armado contra o governo. Depois de torturados, Raul e Paulo foram exilados para os Estados Unidos onde Raul Seixas teria supostamente se encontrado com John Lennon.[2] No entanto, o seu LP Gita gravado poucos meses antes faz tanto sucesso com a música "Gita", que a Ditadura achou melhor trazer os dois de volta ao Brasil para não levantar suspeitas sobre seus desaparecimentos.[carece de fontes?] O álbum Gita rendeu a Raul um disco de ouro, após vender 600.000 cópias. Ainda neste ano, Raul separa-se de Edith, que vai para os Estados Unidos com a filha do casal, Simone.

Em 1975, casa-se com Gloria Vaquer, e grava o LP Novo Aeon, onde Raul compôs uma de suas músicas mais conhecidas, "Tente Outra Vez". O LP, porém, vendeu menos de 60 mil cópias.

Em 1976, Raul supera a má-vendagem do disco anterior com o disco Há Dez Mil Anos Atrás. Neste mesmo ano, nasce sua segunda filha, Scarlet.

Naquele final de década as coisas começaram a ficar ruins para Raul. A parceria com Paulo Coelho é desfeita. O cantor lança três discos pela WEA (hoje Warner Music Brasil), a partir de 1977, que fizeram sucesso de público e desgosto na crítica (O Dia Em Que A Terra Parou, que continha canções como "Maluco Beleza" e "Sapato 36"; Mata Virgem, em 1978 e Por Quem Os Sinos Dobram, em 1979). Por volta deste período, intensifica-se a parceria com o amigo Cláudio Roberto Andrade de Azevedo (geralmente creditado como Cláudio Roberto), com quem Raul compôs várias de suas canções mais conhecidas.

A partir do ano de 1978, começa a ter problemas de saúde devido ao consumo de álcool, que lhe causa a perda de 1/3 do pâncreas.[carece de fontes?] Separa-se de Glória, que vai embora para os EUA levando a filha Scarlet. Neste ano, conhece Tania Menna Barreto, com quem passa a viver.

No ano de 1979, separa-se de Tania
Em 1981 nasce a terceira filha, Vivian, fruto de seu casamento com Kika.

Em 1982 faz um show na praia do Gonzaga, em Santos, reunindo mais de 150 mil pessoas. No mesmo ano, Raul apresenta-se bêbado em Caieiras, São Paulo, e é quase linchado pela platéia que não acredita que Raul é o próprio, mas um impostor.[1]

Desde 1980 Raul estava sem gravadora e agora também sem perspectiva de um novo contrato. Mergulhado na depressão, Raul afunda-se nas drogas. Porém, em 1983, Raul é convidado para gravar um disco pelo Estúdio Eldorado. Logo depois, Raul é convidado para gravar o especial infantil Plunct, Plact, Zuuum da Rede Globo, onde canta a música "Carimbador Maluco". O álbum Raul Seixas (1983), que continha a canção, dá à Raul mais um disco de ouro. Em 1984 grava o LP "Metrô Linha 743" pela gravadora Som Livre. Mas depois Raul teve as portas fechadas novamente, devido ao seu consumo excessivo de álcool e constantes internações para desintoxicação. Também em 1984 a Eldorado lança o disco Ao Vivo - Único e Exclusivo.

Em 1985, separa-se de Kika Seixas. Faz um show em 1 de dezembro 1985, no Estádio Lauro Gomes, na cidade de São Caetano do Sul. Só voltaria a pisar no palco no ano de 1988, ao lado de Marcelo Nova.

Conseguindo um contrato com a gravadora Copacabana, em 1986 (de propriedade da EMI), grava um disco que foi lançado somente no ano seguinte, devido ao alcoolismo de Raul. O disco Uah-Bap-Lu-Bap-Lah-Béin-Bum! faz grande sucesso entre os fãs, chegando a ganhar disco de ouro e estando presente até em programas de televisão, como o Fantástico. Nesta época, conhece Lena Coutinho, que se torna sua companheira. A partir desse ano, estreita relações com Marcelo Nova (fazendo uma participação no disco Duplo Sentido, da banda Camisa de Vênus).


Um ano mais tarde, 1988, já separado de Lena, faz seu último álbum solo, A Pedra do Gênesis.

A convite de Marcelo Nova, faz alguns shows em Salvador, após três anos sem pisar num palco.

No ano de 1989, faz uma turnê com Marcelo Nova, agora parceiro musical, totalizando 50 apresentações pelo Brasil. Durante os shows, Raul mostra-se debilitado. Tanto que só participa de metade do show, a primeira metade é feita somente por Marcelo Nova.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

O Besouro Verde






Emissora: ABC.

Emissora no Brasil: Tv Tupi.
Ano de Produção: de 1966 a 1967 (26 episódios).
Cores.
Companhias Produtoras: 20th Century Fox Television e Greenway Production.


Besouro Verde começou sua carreira no rádio em 1936, onde era interpretado pelo ator Al Hodges. Criado pelo mesmo George Trendle de Cavaleiro Solitário, o seriado fez bastante sucesso, mas somente 30 anos depois se tornou uma série de TV.

Na década de 60, o seriado Batman fazia um enorme sucesso na TV e para aproveitar a onda, a Fox lançou uma série com o Besouro Verde, também um herói mascarado que tinha um parceiro mais jovem. Sem o humor de Batman, o seriado Besouro Verde (The Green Hornet) não conseguiu emplacar. Tanto o herói como seu ajudante apareceram em alguns episódios de Batman . Talvez o maior destaque seja a participação do astro das artes marciais Bruce Lee no papel de Kato.

A série mostra Britt Reid (Van Williams), o rico editor e dono do jornal "Sentinela Diária", como o homem que se transforma-se no Besouro Verde, uma figura mascarada que luta para defender o mundo dos piores criminosos. Britt é sobrinho-neto do Cavaleiro Solitário (também conhecido no Brasil por Zorro). Muitos o consideram um fora da lei, como o repórter do "Sentinela Diária", Mike Axford, que vive perseguindo o herói com matérias que distorcem a verdadeira postura do Besouro Verde.

Mas o herói possui alguns aliados que sabem que ele é uma eficiente arma no combate aos malfeitores. Apenas o seu amigo promotor Frank Scanlon, sua secretária Casey e seu criado Kato, sabem da sua verdadeira identidade.

Kato é seu companheiro na luta contra o mal, um expert lutador de artes marciais, que trabalha como chofer, mas que veste a máscara e corre para lutar contra o crime, Quando o perigo ameaça a cidade a dupla sae às ruas guiando seu arsenal sobre rodas, o veículo Beleza Negra.

Besouro Verde estreou nos Estados Unidos no dia 9 de setembro de 1966 e foi um grande estouro, principalmente pelo papel de Bruce Lee. Ele se esforçava para fazer com que suas cenas de luta fossem cada vez mais reais, tirando velocidade de seus movimentos, pois ele era muito rápido. Mas o programa não emplacou devido ao grande sucesso de Batman que acabou ofuscando a qualidade de Besouro Verde.

Numa desesperada tentativa de fazer com que a série continuasse, foi feito um combate entre Kato e Robin, tendo a luta empatada no final, para não entristecer os fãs de ambas as séries. Mas mesmo assim não teve jeito e o Besouro Verde saiu do ar uma temporada após o combate.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Recordar anos 60 70 80 e 90 é viver: Barros de alencar

Recordar anos 60 70 80 e 90 é viver: Barros de alencar

Barros de alencar



Hoje dia 05 de Agosto é o aniversário do radia lista , apresentador e cantor Barros de Alencar . que foi um grande sucesso nas décadas de 70 e 80 quem não se lembra daquela musiquinha bom dia , bom dia , bom dia hoje estou tão feliz .
hoje Barros está fora do ar e afastado por problemas de saúde mais nos aqui do blog estamos torcendo por sua recuperação e dando - lhe parabéns por mais um ano de vida desse ícone do rádio .