segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Corpo de John Herbert é cremado em São Paulo


O corpo do ator Jonh Herbert foi cremado nesta quinta-feira (27) às 13h, no crematório da Vila Alpina, Zona Leste de São Paulo. A cerimônia durou cerca de 10 minutos.

O velório aconteceu no Museu da Imagem e do Som, na capital paulista. Vários amigos e familiares foram dar o último adeus ao ator. Emocionado, o filho primogênito dele, John Hebert Jr., cantou uma música em homenagem ao pai e sensibilizou todos os presentes, que aplaudiram o ato.

John Hebert morreu nessa quarta-feira (26), vítima de um enfisema pulmonar. O ator estava internado desde o dia 5 de janeiro.

Morre a atriz Georgia Gomide




Aos 73 anos, atriz sofreu uma infecção generalizada
A atriz Georgia Gomide morreu na madrugada deste sábado à 1h, vítima de uma infecção generalizada, no hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo.Ela estava internada desde o dia 25 de janeiro.
Aos 73 anos de vida, a atriz fez parte da história da televisão brasileira, tendo atuado em inúmeras novelas na Record, Globo e SBT.Na Record, ela participou de grandes produções como As Pupilas do Senhor Reitor, Louca Paixão e Tiro e Queda.Ela ficou também muito conhecida por viver a Mamma Francesca em Malhação (Globo).
O velório acontece na manhã deste sábado (29), no Hospital Beneficência Portuguesa e o enterro está previsto para as 16h30 no Cemitério da Consolação, em São Paulo.
VIDA
Geórgia Gomide se chamava Elfriede Helene Gomide Witecy. Nasceu nos Jardins, em São Paulo, em 17 de agosto de 1937. Na família havia artistas, entre os quais o pintor Gomide, de fama internacional. Seu avô, por parte de mãe, era Desembargador e Ministro de Estado, na Suíça. E por parte do pai a família era da Alemanha e Rússia. Eram também matemáticos, cultos. Elfriede, porém, não se interessava por nada disso. O que queria, em pequena, era brincar, praticar esportes, nadar. Bastante jovem e já freqüentava diariamente o importante Clube Pinheiros, de São Paulo, e ganhou o título de "A mais bela esportista". Ganhou, como prêmio, um apartamento que, segundo ela, nunca lhe foi entregue. Por ser muito linda, chamou logo a atenção de Fernando Severino, Diretor Comercial da Televisão Tupi. E ela foi contratada como atriz. A primeira peça que fez foi "Os filhos de Eduardo" no qual dizia apenas: "Bom dia, como vai ? ". E foi aquele nervosismo. Mas aí começou a fazer um Grande Teatro atrás do outro. Era tudo ao vivo e tudo em preto e branco. Mas foi uma beleza, para a jovem esportista. Sua ascensão foi rápida. Logo outros teatros: "Gimba", "Srta. Julia" , "Moral e Concordata" , "Calúnia", onde fazia uma professora homosexual. Eram tele-teatros grandes, importantes. Na verdade, porém, o que foi sua grande sorte foi a participação na novela "Tereza", onde fazia uma figura tão má, que chegou a apanhar na rua. Daí para o sucesso foi um passo. E isso chegou quando fez o papel título em "Ana Terra", novela adaptada do livro de Érico Veríssimo. Esse foi o ápice de sua carreira, onde esquecendo sua vaidade e elegância, fazia uma "bugra", uma mulher que se vestia de farrapos, e tinha sempre um rifle às costas. Isso aconteceu na TV Excelsior. Na TV Record fez "As Pupilas do Senhor Reitor". E, de volta à Tupi fez "Éramos Seis". Já na Globo fez sucesso com a novela "Vereda Tropical", onde fazia uma mulher extrovertida, alegre, bonita. Geórgia Gomide também fez muito teatro e muito cinema. Em teatro fez: "O estranho casal", "O vison voador", "Sete mulheres em mim", com o psicólogo e médium Gasparetto, e onde, de certa forma, vivenciava situações de sua própria vida. E fez outras peças. Aliás, na vida de Geórgia houve de tudo: esporte, arte, beleza, amor, fama. Só não houve casamento. Geórgia teve um filho, mas não se casou. Teve Daniel, hoje um rapaz, que é seu grande amigo, sua razão de viver. Geórgia Gomide tem também um irmão, que hoje vive nos Estados Unidos, e que ela ama demais. Freqüentadora da Igreja Católica Carismática, Geórgia Gomide é ainda bonita e elegante e só o que quer é que a chamem para trabalhar, que é o maior prazer de sua vida.Uma das veteranas da televisão brasileira, a bela e talentosa Geórgia Gomide (na verdade Elfriede Heléne Gomide Witecy, de pais alemães) foi estrela e também vilã inesquecível em algumas novelas da Tupi. Desde a década de 60 atua em novelas (sua estréia foi em 1962 em Os Filhos de Eduardo dirigida por Wanda Kosmo), década em que também estréia no Cinema Nacional. Seu beijo na boca com Vera Fischer (A Superfêma, 1973), foi assunto nacional e surpreendeu o Brasil. Já em 1954 foi eleita a Miss Clube Pinheiros.Durante as décadas de 50 a 70, a TV Tupi foi uma poderosa rede de televisão, com novelas de sucesso e com um elenco estelar. Entre tantas atrizes que brilharam nos folhetins da emissora está o nome de Geórgia Gomide: Redenção, a novela que parou o Brasil de 1966 a 1968, teve Geórgia em destaque, emprestada para TV Excelsior (praxe da época) na mais longa novela da história da TV Brasileira. Dona de forte carga dramática, aliada a uma beleza bem exótica, a atriz passou também por outras emissoras, como Globo e SBT, sempre com atuações expressivas. Com carreira também no teatro, Geórgia Gomide estreou em novelas em 1963, em `Moulin Rouge, A Vida de Tolouse Lautrec”, de Geraldo Vietri. De lá para cá, atuou em cerca de 40 produções, sendo alguns pontos altos de sua careira na telinha as novelas `A Fábrica´ (1961), `Éramos Seis´ (1977), ‘Aritana´ (1978), `Gaivotas´ (1979) e `Vereda Tropical´ (1984, como a inesquecível Dona Bina). A atriz chega ao cinema também em 63 na co-produção Alemanha/Brasil, `Mord in Rio´(Noites Quentes de Copacabana), com direção de Horst Hãchler. Depois de atuar em `Quatro Brasileiros em Paris´ , de Geraldo Vietri, em 1965, tem papel de destaque em `Corisco, O Diabo Loiro´, de Carlos Coimbra, em 1969. Na década de 70, Geórgia Gomide marca presença nas pornochanchadas, as comédias e dramas eróticos de sucesso, atuando em O Sexo mora ao lado, de Ody Fraga. A atriz atua também em filme do mestre José Mojica Marins, o Zé do Caixão, em “Exorcismo Negro, em 1975, até hoje a mais cara produção de terror já realizada no Brasil. Os também atores Dionísio Azevedo, Paulo Figueiredo e Flávio Migliaccio foram os outros diretores com quem trabalhou.
Georgia : feliz e sem ressentimentosGeorgia tinha 73 anos e morava confortavelmente em São Paulo no bairro do Sumaré. Seu grave problema de visão a fez só fazer algumas participações em novelas (em 2006 apareceu em A Diarista e Linha Direta) ou alguns programas de auditório (Luciana Gimenez dedicou todo um programa dedicado a ela). Sempre bonita e reverenciada por seu séqüito de fãs, tem orgulho de seu filho único Daniel Goldfinger, de 31 anos.Em 2003 foi entrevistada por Jô Soares, que lhe deu um beijo na boca “faz 11 anos que eu não beijava”, declarou na época.
Para Flash, Geórgia declara, com exclusividade:
“Não tenho mágoa nenhuma, trabalhei muito, este ano sai minha biografia pela Imprensa Oficial, ganhei o Roquete Pinto e todas as homenagens que uma atriz pode ter. Acabei de voltar da Europa e Leste Europeu onde comemorei meus 70 anos e revi minha família alemã. Adoro trabalhar e aceito e aguardo os convites. Estou feliz”
(filmografia)

- `Mord in Rio´ (Noites Quentes de Copacabana – 1963), de Horst Hãchler;
- `Quatro Brasileiros em Paris´ (1965), de Geraldo Vietri;
- `Corisco, O Diabo Loiro´ (1969), de Carlos Coimbra;
- `A Super Fêmea´ (1973), de Aníbal Massaini Neto;
- `O Exorcismo Negro´ (1974), de José Mojica Marins;
- `O Sexo mora ao lado´ (1975), de Ody Fraga;
- ´Chão Bruto´ (1976), de Dionísio Azevedo;
- `Sexo, sua única arma´ (1981), de Geraldo Vietri;
- `O Médium´ (1983), de Paulo Figueiredo;
- `Os Trapalhões na Terra dos Monstros´ (1989).